skip to Main Content

Ensino e Extensão

A complexidade que permeia a questão da inclusão escolar teve maior expressividade em nosso país a partir da Lei de Diretrizes e Bases – LDBEN 9394/96 e tem levado educadores, pais, profissionais da saúde e pesquisadores a discutir idéias a partir de diferentes contextos. A despeito do anunciado comprometimento da legislação e das ações governamentais com a inclusão, é preciso ter em mente que muitas delas têm respondido mais à necessidade de indicadores nacionais frente aos organismos internacionais do que garantido a qualificação do ensino nas escolas (FERREIRA; FERREIRA, 2004), a formação de professores, tanto inicial como continuada, assim como o acesso efetivo a serviços e recursos de Tecnologia Assistiva (TA) pelos usuários de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) e seus professores (SCHIRMER; NUNES, 2009).

São muitas as inquietudes que os professores, em geral, apresentam desde a sua formação inicial, e o atendimento educacional de qualidade aos alunos com deficiência se constitui em uma dessas preocupações. As resistências a abrigar essa população no ensino comum, constatadas em um grande acervo de pesquisas recentes (PRIETO, 2006; KASSAR; ARRUDA; BENATTI, 2007; VITALIANO, 2007), são fruto de um conceito de normalidade, legitimado por uma escola e um currículo construídos dentro de uma perspectiva que trata de nomear o sujeito formatado em padrões pré-estabelecidos (OLIVEIRA, 2007).

Sabemos que, juridicamente, a legislação garante a execução deste processo na prática escolar, bem como as orientações pedagógicas, principalmente as que dizem respeito ao suporte que esse aluno com deficiência que não possui fala articulada deve receber da Educação Especial. Contudo, ainda vemos movimentos tímidos e iniciais que vem tomando força à medida que estas crianças realizam sua matrícula na escola regular, garantindo assim sua participação efetiva num espaço que durante muito tempo lhes foi negado.

A relação entre a educação e as novas tecnologias, embora bastante discutida nos últimos anos, continua sendo para a escola um grande desafio. Num tempo de pragmatismo intelectual, onde a escola, embora não consegue sair de seu papel de repassadora de informações, a tecnologia interativa e a tecnologia assistiva representa o contrapé, a aposta, o lúdico, destinado a resgatar, no aluno, o prazer e a possibilidade de aprender e para aqueles alunos com deficiência a possibilidade de comunicação e aprendizado (SCHIRMER; NUNES, 2009).

Campus Francisco Negrão de Lima.
Pavilhão João Lyra Filho
R. São Francisco Xavier, 524 – 12° andar
Bloco F – Sala 12037 | Maracanã
Rio de Janeiro – RJ – CEP 20550-900
Telefone: (21) 2587-7535 (21) 2587-7535
Fax: (21) 2587-7188

No Brasil, devido à sua dimensão continental, os conhecimentos específicos sobre TA e CAA ainda estão restritos a pequenos grupos e quando abordados na perspectiva da Educação Inclusiva são praticamente inexistentes. Os professores e demais profissionais da educação, mergulhados na rotina do dia-a-dia da escola, salvo raras exceções, desconhecem os recursos da TA e seu potencial educativo e pedagógico.

São muitos os alunos que necessitam do uso desses recursos e de professores e profissionais da área da saúde que carecem de formação nessa área. Sendo assim, não podemos pensar isoladamente a formação continuada do professor especializado; ao contrário, precisamos considerá-la como parte integrante da formação tanto dos profissionais da educação em geral como também das áreas da saúde que são apoio fundamental do processo de inclusão desse aluno.

Os projetos do Grupo de Pesquisa em Comunicação Alternativa do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ, vem se dedicando sistematicamente ao ensino, à pesquisa e a extensão sobre a linguagem e a comunicação de pessoas com deficiência bem como a formação de recursos humanos na área. As propostas procuram sempre assegurar a inclusão de crianças, jovens e adultos nas dimensões social, cultural, educacional e profissional. Além disso, garante espaços para atividades de extensão À comunidade acadêmica, constituindo um ambiente privilegiado de interlocução entre ensino, pesquisa e extensão, que possibilita uma visão mais ampla de inclusão social.

Back To Top
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support